A Igreja Católica afirma que o trabalho é a maneira pela qual Deus convida o homem para servir os irmãos, participando da construção de um novo mundo e buscando a santificação. Uma das provas da veracidade desse ensinamento é a própria vida do médico italiano Giuseppe Moscati.
Nascido em 1880, Giuseppe fez parte de uma família muito rica. Seu pai era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe pertencia à nobreza local. Aos oito anos, conheceu Jesus Eucarístico, que seria a sua maior inspiração na busca por uma vida de santidade.
A vida de Giuseppe Moscati
Giuseppe Moscati participava da santa missa e comungava todos os dias. Era devoto de Maria Santíssima e, ainda muito jovem, fez um voto de castidade perpétua.
Sua futura profissão, a medicina, começou a entrar em sua vida quando ele cuidava de pessoas doentes em sua juventude. Oferecia muito carinho e generosidade a elas, principalmente às mais pobres e com doenças incuráveis.
De tanto ver o seu irmão sofrer com as dificuldades impostas pela epilepsia, e de ajudá-lo, decidiu iniciar os estudos em medicina. A essa altura, já se destacava pelo empenho e dedicação.
Após formado, Giuseppe conquistou um doutorado e foi trabalhar em seu consultório particular, mas também atendia no chamado “Hospital dos Incuráveis” – onde também lecionou, tornando-se um modelo de vida insubstituível para seus alunos.
Lá, conquistou muito prestígio entre colegas e pacientes, passando a ser considerado um dos mais brilhantes médicos italianos à sua época.
Talentoso, dava diagnósticos muito precisos. Com relação a esse dom, dizia ser apenas um colaborador indigno de Deus, que recebia graças por meio da oração, e que Ele sim era o grande arquiteto da vida.
Em abril de 1906, o vulcão Vesúvio começou a explodir cinzas, colocando em perigo um pequeno hospital, um ramo dos Incuráveis. O generoso médico foi prontamente ao local, ajudando no resgate dos enfermos, pouco antes do desabamento da estrutura. Testemunhas disseram que o jovem médico arriscou a própria vida para salvar os pacientes do estabelecimento.
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A santificação por meio do trabalho
Seu dia começava sempre com a Missa e a Sagrada Comunhão, iniciando o seu trabalho logo depois. No hospital, foi responsável pelo tratamento e cura de milhares de pessoas, dando atendimento preferencial aos mais pobres, sem sequer cobrar por suas consultas: pedia apenas uma oração.
Por diversas vezes ajudou a comprar os remédios dos seus pacientes e oferecia um grande consolo espiritual aos que sofriam com a enfermidade. Tanta generosidade rendeu a ele a alcunha de “médico e pai dos pobres”.
O reconhecimento da santidade de Giuseppe Moscati
Durante um dia de trabalho, enquanto atendia os seus pacientes, Giuseppe sentiu-se um pouco mal e resolveu sentar-se em uma poltrona, que ficava na sala de espera do seu consultório, para descansar um pouco. Faleceu ali, de maneira muito serena, acometido por um ataque cardíaco, com apenas 47 anos de idade.
A notícia de sua morte entristeceu toda a cidade e a devoção ao médico foi se espalhando rapidamente, levando o Papa Paulo VI a proclamar Giuseppe bem-aventurado. No dia 25 de outubro de 1987, o Papa João Paulo II escreveu o nome de Giuseppe Moscati no rol dos santos da Igreja Católica, elevando-o à honra dos altares.
Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de abril. Seu corpo descansa na Igreja do Menino Jesus, em Nápoles. São Giuseppe Moscati, rogai por nós!]
Revisão: Luiza Trivelli