No dia 1º de novembro de 1950, Pio XII proclamou o dogma da Assunção de Maria ao céu em corpo e alma. Sua assunção constitui um imenso valor para a vida e o destino da humanidade, como observou São João Paulo II em uma audiência no dia 9 de julho de 1997.
Separamos 3 pontos sobre essa verdade de fé que São João Paulo II compartilhou com os fieis em uma das famosas audiências de quarta-feira do papa. Confira!
3 pontos sobre a Assunção de Maria
1 – Faz parte do desígnio divino
A Tradição evidencia como a Assunção de Maria faz parte do desígnio divino. Segundo São João Paulo II, já no primeiro milênio os autores sagrados se exprimem nesse sentido, encontrando-se testemunhos em São Germano de Constantinopla, Santo Ambrósio, Santo Epifânio e Timóteo de Jerusalém:
“São Germano de Constantinopla († 733) coloca nos lábios de Jesus, que Se prepara para levar a Sua Mãe para o céu, estas palavras: «É preciso que onde estou Eu, também tu estejas, Mãe inseparável de teu Filho…» (Homil. 3 in Dormitionem, PG 98, 360)”.
Além disso, São João Paulo II explica que a mesma tradição eclesial vê a razão fundamental da Assunção em sua maternidade divina. Ela, ao tornar o corpo de Maria a residência imaculada do Senhor, se funde com o seu destino glorioso:
“Desta convicção encontramos um vestígio interessante em uma narração apócrifa do século V, atribuída ao pseudo-Melitão. O autor imagina Cristo que interroga Pedro e os Apóstolos sobre a sorte merecida por Maria, e deles obtém esta resposta: «Senhor, escolhestes esta Tua serva a fim de que se torne para Ti uma residência imaculada… Portanto, pareceu-nos justo, a nós Teus servos que, assim como Tu reinas na glória depois de teres vencido a morte, Tu ressuscitas o corpo de Tua Mãe e conduze- a jubilosa Contigo ao céu» (De transitu V. Mariae, 16 PG 5, 1238)”.
2 – A participação de Maria na obra da redenção conferiu-lhe o privilégio da Assunção
“São João Damasceno sublinha a relação entre a participação na Paixão e a a sorte gloriosa: «Era necessário que aquela que vira o seu Filho sobre a cruz e recebera em pleno coração a espada da dor… contemplasse este Filho sentado à direita do Pai» (Homil. 2, PG 96, 741). À luz do Mistério pascal, parece de modo particularmente evidente a oportunidade que, com o Filho, também a Mãe fosse glorificada depois da morte”.
3 – Revela a nobreza e a dignidade do corpo humano
São João Paulo II finaliza dizendo que, diante das profanações a que a sociedade moderna submete preferencialmente o corpo feminino, o mistério da Assunção proclama o destino sobrenatural e a dignidade de cada corpo humano.
“Maria entrou na glória porque escutou no seu seio virginal e no seu coração o Filho de Deus. Olhando para ela, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, na expectativa da ressurreição. A Assunção, privilégio concedido à Mãe de Deus, constitui assim um imenso valor para a vida e o destino da humanidade.”
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Revisão: Luiza Trivelli