Na obra “Catecismo Anticomunista”, o autor D. Geraldo de Proença Sigaud explica, de forma clara e didática, por que o comunismo e o socialismo são doutrinas absolutamente incompatíveis com a fé católica.
Apesar de o contexto atual ser bem diferente ao da época em que o Catecismo anticomunista foi publicado, ele permanece atual. Essas doutrinas, no entanto, continuam espalhando confusão entre católicos desavisados.
Ao mesmo tempo, vemos no Brasil muitos exemplos de instrumentalização da Igreja por parte de adeptos dessas ideologias, alguns deles vindos de membros da própria hierarquia.
Separamos 9 trechos desta obra para ajudar você a não cair mais nessas falácias. Não esqueça de compartilhar e boa leitura!
9 trechos do Catecismo Anticomunista
1 – O que é o comunismo e o que ele ensina
“O comunismo é uma seita internacional, que segue a doutrina de Karl Marx, e trabalha para destruir a sociedade humana baseada na lei de Deus e no Evangelho, bem como para instaurar o reino de Satanás neste mundo, implantando um Estado ímpio e revolucionário, e organizando a vida dos homens de sorte que se esqueçam de Deus e da eternidade. […]
A seita comunista ensina a doutrina do mais completo materialismo. […] Não há Céu nem inferno, não há felicidade nem castigo depois desta vida. […] A primeira conseqüência prática deste materialismo é que o homem deve procurar sua felicidade somente nesta terra, e no gozo dos prazeres que a vida terrena oferece”.
2 – Atitudes do Comunismo perante a religião
“Embora negue a existência de Deus, e afirme que a Religião é coisa quimérica, o comunismo dá grande importância ao fato de que existe Religião no mundo, porque vê nela o seu maior inimigo. Lenine a chama de ‘ópio do povo’. […]
Para conquistar o poder, a seita comunista procede da seguinte maneira com relação à Igreja Católica:
a) Procura persuadir os católicos de que não há oposição entre os objetivos da seita e a doutrina da Igreja. Procura até apresentar as idéias comunistas como a realização da doutrina do Evangelho.
b) Procura criar uma corrente intitulada de “católicos progressistas”, “católicos socialistas” ou “católicos comunistas”, para desorientar e desunir os católicos.
c) Procura atirar as organizações católicas contra os outros adversários naturais do comunismo, como os proprietários, os militares, as autoridades constituídas, para dividir e destruir os que se opõem a conquista do poder pelo Partido Comunista.
d) Favorece as modas e costumes imorais para minar a família e, portanto, a civilização cristã da qual a família é viga mestra.
e) Mantém nas nações cristãs a sociedade em constante agitação, fomentando antagonismo entre as classes, as regiões do mesmo país, etc.”.
3 – Pontos básicos da divergência entre Comunismo e Catolicismo
“Esta divergência existe em todos os pontos. Mas ela é mais fundamental em relação à verdade e à moral, à família, à propriedade e à desigualdade social. Ensina a Igreja que Deus criou o mundo e criou a alma humana, que é inteligente. A alma conhece a verdade das coisas.
Ela afirma que uma coisa é idêntica a si mesma, dizendo o que é, é; o que não é, não é. O comunismo ensina que não há verdade. Uma coisa pode ser e não ser, ao mesmo tempo. Uma coisa é ela e o contrário dela. [..]
O Catolicismo ensina que Deus é absolutamente santo. E por isto, as ações humanas que estão de acordo com Deus são boas; e as que vão contra a ordem que Ele estabeleceu são más. O comunismo, – que é materialista, ensina que não existe moral. Quando uma ação é útil ao Partido, é boa; quando prejudica o Partido, e má. […]
Em resumo: é bom o que ajuda a Revolução, é mau o que a combate ou prejudica. […] Para o católico: o homem é um animal racional, dotado de personalidade e de direitos. Para o comunista: o homem é um animal trabalhador”.
4 – A revolução e a cristandade
“O critério supremo da verdade, da moral e do direito é para o comunismo a ação revolucionária. Assim como para o católico o fim supremo é a vida eterna, para o comunista o fim supremo da vida é a Revolução.
Revolução, com maiúscula, é a rejeição de Deus, de Cristo, da Igreja, e de tudo o que deles provém, é a organização da vida humana somente segundo a razão humana e as paixões humanas. Seu ideal é a Cidade do homem sem Deus, oposta à Cristandade e à ordem natural, que é a Cidade de Deus”.
5 – Virtudes que fundamentam a Cristandade e paixões que movem a Revolução
“A Cristandade se baseia principalmente sobre as seguintes virtudes: a fé, a castidade e a humildade. O orgulho, que rejeita a fé; a sensualidade que rejeita a castidade; a soberba, que rejeita a humildade, são as molas principais da Revolução.
Do orgulho, que rejeita a fé, nasce a negação da vida eterna como fim da existência terrena, bem como a negação de Deus, e de Cristo como Senhor do homem. Da sensualidade, que rejeita a castidade, nasce o desejo de gozar esta vida de todas as formas, e em conseqüência ela conduz ao desprezo e a dissolução da família.
E da soberba, que rejeita a humildade, nasce a revolta contra a autoridade divina e humana, e contra todas as limitações que o homem pode sofrer. De modo especial ela conduz ao igualitarismo, isto é, ao ideal comunista de uma sociedade sem classes. […]
Na civilização cristã, não há castas impermeáveis, mas classes sociais permeáveis. Ou seja, a pessoa pertence à classe em que nasceu, mas pode elevar-se a outra se tiver um mérito saliente. Bem como pode decair, em razão de seu mau procedimento.
Assim, o princípio da hereditariedade se harmoniza com o postulado da justiça. O comunismo, ao invés, quer uma sociedade sem classes, em que todos sejam iguais, no que contraria o princípio natural da hereditariedade e as exigências da justiça.”
6 – A propriedade, a vida humana e a escravidão do operariado
“Quando está no poder, o comunismo às vezes concede o uso de algum imóvel a um ou outro trabalhador. Mas não reconhece o direito de propriedade, pois pode tomar tudo a todos, quando quiser. O homem, no regime comunista, não tem sequer direito ao fruto do seu trabalho.[…]
O comunismo promete abolir as diferenças de riqueza e de classe. Mas isto é contra a natureza humana. Destruindo a moral e o direito, o comunismo favorece um grupo de dirigentes e de membros do Partido, que dispõem de grandes riquezas e vivem com fartura e luxo em casas suntuosas, enquanto o operário em geral passa privações, e é obrigado a trabalhar onde o Partido manda, tem para morar somente um quarto, onde se amontoam os pais, os filhos e todos os membros da família, sem cozinha, nem banheiro próprios. A diferença entre os que mandam e os outros é muito maior que entre os capitalistas e os operários”.
7 – A Igreja e os operários
“A Igreja, ao longo da História, aboliu a escravatura, defendeu os fracos e pobres, ensinou os ricos e poderosos a amparar os humildes, difundiu a justiça e a caridade. Organizou os trabalhadores em grandes sociedades chamadas corporações, que cuidavam de sua formação técnica, de sua prosperidade material, do bem espiritual deles e de sua família, lhes davam assistência na doença e cuidavam dos seus filhos em caso de morte. Estas associações sofreram um golpe de morte com a Revolução Francesa, mas duraram em muitos países até as agitações do ano de 1848.
O individualismo introduzido pela Revolução Francesa destruiu as corporações católicas e deixou os operários entregues à própria sorte. Então a Igreja empreendeu um grande trabalho em favor deles, simultaneamente em três pontos.
A Igreja Católica procurou, de início, principalmente minorar a miséria das pessoas. Para este fim multiplicou as Santas Casas, os orfanatos, asilos para velhos, Oratórios festivos, creches, e obras de assistência social. […]
Enquanto fundava e organizava instituições de caridade e de assistência, a Igreja lutava para corrigir os defeitos da sociedade que geravam tanta miséria. […]
A Igreja, enquanto atendia as misérias mais gritantes e imediatas, e ensinava aos patrões e operários como devia ser as suas relações de acordo com a justiça e a caridade, promovia a organização destes e daqueles em associações, que se chamam corporações, círculos operários, etc.”.
8 – O Socialismo
“Outro meio de preparar os homens para o comunismo é o socialismo. O socialismo é o sistema que professa que todos os meios de produção, de transporte, o ensino, a assistência, toda a propriedade, devem pertencer ao Estado. […] A diferença está em que o socialismo procura alcançar estes objetivos com meios brandos, usando da propaganda doutrinária e das eleições, enquanto que o comunismo prefere recorrer à violência.
Os meios são diferentes, mas o fim é o mesmo. O socialismo é como uma rampa pela qual o mundo desliza suavemente da ordem natural e divina para o comunismo. […]
O católico não pode ser socialista, porque o socialismo contradiz a doutrina da Igreja, que estabelece o seguinte princípio: o Estado existe para realizar as tarefas de bem comum de que nem os indivíduos, nem as famílias, nem as socie dades intermediárias são capazes por si mesmos. Este princípio defendido pela Santa Igreja, e de modo especial pelo Santo Padre João XXIII na Encíclica ‘Mater et Magistra’, chama-se o ‘princípio da subsidiariedade’. […]
O chamado “socialismo cristão” ou “socialismo católico” é uma aberração tão grande como se alguém falasse de um protestantismo católico ou de um círculo quadrado”.
Leia também: Igreja Católica e comunismo: um binômio impossível
9 – O ideal do comunismo: a sociedade sem classes
“Deus quer que entre os homens haja desigualdades, as famílias formem classes distintas, umas mais altas que as outras, sem hostilidade recíproca, com caridade, e sem exagerada diferença: não deve haver alguns miseráveis, e outros excessivamente ricos. […]
A última causa da desigualdade entre os homens é a sua liberdade. Dada a natural desigualdade de talentos e virtudes entre os homens, estes só podem ser mantidos num mesmo nível econômico diante uma ditadura de ferro, que suprima toda liberdade e toda iniciativa. […]
Os vícios que alimentam o igualitarismo são: a) a inveja, que não tolera que o próximo seja melhor, ou mais sábio, ou mais rico; b) o orgulho, que não tolera ninguém acima de nós; c) a soberba, que não se conforma com os planos de Deus. […]
Que todos os indivíduos e famílias fossem iguais seria uma injustiça social, porque importaria na destruição da liberdade, da iniciativa privada e do direito dos filhos a herdar dos pais”.
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